sábado, 24 de dezembro de 2011

Então eh Natal...

Aviso #1: Estou em um netbook sem acentos no teclado, poucas palavras serão acentuadas pela correcao ortográfica, mas perdoem os eventuais erros e variacoes em interneteis para facilitar a leitura, como o "eh" no titulo.

Aviso #2: esse post será longo....

Os que me conhecem sabem o quanto eu gosto do meu quarto. Eu pessoalmente chamo de Covil Secreto do Mal, mas "quarto" serve. Obviamente, para a maioria das pessoas, o próprio quarto eh o melhor lugar do mundo. Eh onde estão sua caixa secretas de memorias tolas e de segredos bobos, guardados na gaveta do meio. Eh onde se anda pelado. Aonde estão as revistas de mulher pelada, debaixo da cama. Eh onde se chora sozinho. Eh onde se guarda o porquinho de moedas, atrás das meias.

Mas eu tenho uma conexão com minha caverna a qual eu considero maior do que a da maioria dos outros seres viventes nesse universo. Meu esconderijo eh para mim como uma concha para uma ostra. Quando o mundo explode eh para la que eu vou e não gosto de ser incomodado. Eu nao gosto quando entram na minha concha, pricipalmente quando eu nao estou la dentro para mandar quem quer que seja sair. Nao gosto que o baguncem, ele esta muito bem arrumado. Nesse momento meu mundo esta explodindo e eu queria meu refugio de jeans espalhados pelo chao e cama desarrumada para me abrigar.

Mas eh natal e estou a alguns milhares de quilometros da porta do meu quarto. Isso tudo por que decidi sair de ferias para passar o natal com a família. Mas eu descobri que aqui já não eh mais meu lugar.

Estou em João Pessoa, capital da Paraíba, lar de meus avós, terra natal de meu pai. Quando eu morava em Recife, vinha aqui todos os meses e no fim do ano as ferias escolares eram passadas na casa dos avós. Eu não sentia falta de casa. Ficava vendo TV, lendo, ouvindo as historias do meu avo e comendo biscoitos.

Depois que mudei para Brasília, as vindas para tornaram-se cada vez mais escassas. Agora contariam-se seis anos pelo menos sem aparecer no Nordeste. Para uma estadia longa a descanso podia-se contar dez.

O que descobri aqui eh que esse não eh meu lugar. Enquanto escrevo eh Noite de Natal. Esta tendo Ceia no Salão de festas. Boa parte da minha família esta la, priminhos com barbas e namoradas a tira colo, tias velhas cada vez mais velhas, pessoas que nunca vi dizendo o quando eu cresci e me cumprimentando como se fosse um filho perdido reencontrado depois de anos de procura, e pessoas que vi e lembro, sendo reapresentadas e te tratando como um estranho. Ha whisky, cerveja, coca-cola, peru, frango, sanduiche, brigadeiro, piadas, amigo secreto, bingo, troca de presentes, risadas, abracos, comemoracoes, noticias boas e ruins. Eu estou no quarto andar, no apartamento de minha avo, escrevendo.

Você, caro leitor, pode ate achar que eh uma cena triste. Minha mãe achou, e posso esperar uma semana de mal-humor da parte dela a partir de quando anunciei que iria subir. Mas eu estou muito melhor do que quando, poucos minutos, eu estava la embaixo.

, claro, um lado triste nesta situação. Descobrir que sua própria família não lhe da mais prazer ao lhe fazer companhia eh muito triste. Mas eh fato e fatos não se mudam.

Não se enganem, eu amo minha família, mas nesse momento eu queria estar no meu quarto. A perspectiva de ficar por essas terras por duas semanas chega a ser assustadora.

o resto da viagem promete praia, carne de caranguejo, festas fora do ambiente familiar e uma passada em Recife para rever amigos. Veremos...

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Crônicas de Shadowrun #1

O Intermediário

Martin precisava crescer, queria expandir seus negócios. Desejava brilhar no ramo que trabalhava. Sempre desejou chegar onde chegou e agora que estava aqui, queria mais.

Ele começou cedo, o Despertar ainda era uma novidade. Eram tempos os quais as pessoas transformavam-se em meta-humanos a olhos vistos no meio da multidão. Foi nessa época que seu talento também surgiu. Iniciar a carreira de Runner seria natural. Trabalho fácil, dinheiro fácil. Naqueles dias não haviam tantas maravilhas tecnológicas que dificultavam a vida dos Runners de hoje. O trabalho era bom, mas Martim sabia que ele estava na ponta mais frágil. Ele entendeu rápido que quem dava as cartas nesse negocio era o intermédiário, o Fixer.

Martin começou a fazer contatos, tentava repassar trabalhos pequenos para Runners novatos, que o procuravam para mais trabalho. Martin selecionava os melhores e fazia sucesso com os Johnsons. Ele tinha a capacidade de perceber talentos dentre os Runners que batiam sua porta. Conseguia formar times perfeitos para as Shadowruns contratadas. A ascensão foi inevitável.

Já passaram-se alguns anos desde que arrumava Runners para os serviços os quais as corporações não desejava que fossem a público. Estava fazendo dinheiro, muito dinheiro. Seu credstick nunca foi tão bem guardado. Mas ele queria mais, Yabatsu estava pequena para ele.

Yabatsu é uma pequena cidade ao Norte do Estado Livre da Califórnia, no pé das Rochosas, perto de Reno, próxima a fronteira com Tir Tairngire. Cresceu em torno da sede da Yabatsu Corporation, uma corporação A, sem muita influência. Inicialmente as habitações eram destinadas aos funcionários da empresa, mas rapidamente a cidade tornou-se mais importante que a Yabatsu Corp. e tomou seu lugar.

Era uma noite de abril de 2059, Martin estava na sala de sua cobertura em um bairro nobre de Yabatsu, apreciando a vista e uma dose de Jack Daniel's. Aguardava ansiosamente o trabalho que o catapultaria para o estrelato. Ele precisava chamar a atenção dos grandes. Desejava o mercado difícil e concorrido de Seattle. Foi quando pensava nessas coisas que seu telefone tocou. Ele não era um homem ansioso, sabia controlar seus impulsos, desejava uma grande oportunidade, mas sabia que podia não ser nada. Esperou o terceiro toque e atendeu.

- Martin.

- Boa noite Sr. Martin. O senhor tem um minuto?

A conversa foi breve, mas ao fim Martin estava radiante. O serviço era simples. Consistia em impedir que uma carga saísse de Yabatsu. A boa noticia é que o Johnson, apesar de não ser de uma corporação das grandes, representava uma empresa com ramos fora daquela cidadezinha patética. Se ele escolhesse os Runners certos para o trabalho, se o trabalho fosse bem sucedido e se ele soubesse colocar sua assinatura, ele poderia chamar atenção o suficiente de quem ele queria.

Martin sorria e seu Jack Daniel's tornou-se extremamente mais saboroso.



continua em...

O Ator

Jeremias era um sujeito grande, inclusive grande demais para um Troll. Não que isso seja um problema para ele. A vida lhe deu a oportunidade perfeita para tirar o melhor proveito de sua condição.

Naquela noite ele estava sentado no sofá de dois lugares que usava de poltrona em frente a sua tela de trídeo assistindo a uma cópia do seu último trabalho.

domingo, 29 de maio de 2011

Escondidnho de Frango

Deu fome...



hummm... primeira gaveta, nada de comer.. hummm.. segunda, gelo... hum, olha! Escondidinho de Frando Sadia!

Hummm.. deixe me ver... abra a ponta.... microondas.. congelado.... 15 min potência máx.

Beleza! Diliça!

tu tu tututu tu duuuuuuuuuuuuummmmmmmmmmmm [barulho do microondas]

[pagode de fundo para disfarçar o barulho de eletro doméstico]

PI PIPI PIIIIIIIIIIIIII

Hummm.. caraca.. o cheiro desse treco eh bom.. preciso de um prato .. prato fundo .. não.. pires não... prato raso legal...

ah nem vou tirar a parada da forma.. vou por so por cima...

bom, vou comer no meu quarto.. minha mãe vai ficar brava.. mas é uma vez na vida outra na morte... opa, escadas... cuidado... se ela reclamar eu digo que é só uma vez .. e eu lavo o prato, que nem vai sujar, pra ela ficar feli...

BULLET TIME!!!

O nosso héroi calcula errado o movimento. Ao tentar alcançar o próximo degrau, pisa somente com os dedos. Ele perde o equilíbrio, o prato quente, delicioso, cheio de comida suculenta desliza da sua mão. Por um momento nosso héroi não sabe se recupera o prato ou se busca novamente seu ponto de equilibrio. A indecisão dura muito tempo, ele perde o pé de apoio e a canela vai de encontro a quina do degrau. Com as mãos ele tenta segurar o escondidinho. Sua mão esquerda vai direto encima da massa e a dor da queimadura é lacinante. tudo vai ao chão. Héroi, prato, escondidinho.

Ai Ai Ai CARALH*

Que foi isso menino?

cai.. queimei a mão merda...droga..

Oxe, menino! Flávio (é assim que ela chama meu pai.), Rafael caiu aqui.

Deixa o muleque se virar!

torneira torneira torneira torneira.. caralho porta do banheiro abre porra.. torneira!!! aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah...

oh mãe .. que você ta fazendo?

limpando sua sujeira.. tó... coloquei no prato.. da pra comer...

mãe.. isso caiu no chão..

Mas eu recolhi o que não encostou.. num vai inventar de fazer outra lasanha não... e quero esse prato limpo depois...

...mas...droga... tem pomada pra queimadura?

não...

terça-feira, 19 de abril de 2011

Uma Descida no Escuro

Tem uns 15 dias que tentando jogar o jogo que esse cara tá jogando...



Sempre morri de medo de joguinhos de terror...

Ainda não sei por que tentando alguma coisa com o Amnesia.

Se eu acabar ele prometo uma review...

=P.. Esperem sentados...

RAfa

segunda-feira, 28 de março de 2011

Good Vibes

Tem hora que a única coisa que eu preciso são boas vibrações.

E, nossa, como eu precisava de boas vibrações.

Eu estou me sentindo dentro de uma panela de pressão. Esse fim de semana não aguentei e puxei o pino.

Farei isso com mais freqüência, porém tentarei ter mais parcimónia.

I'm feeling good vibes coming...

=)

terça-feira, 22 de março de 2011

Musique

sexta-feira, 18 de março de 2011

Raiva

Raiva é um sentimento ruim. Eu odeio a raiva. Eu não cultivo raiva, eu procuro afastar qualquer coisa que me deixe com raiva.

A raiva é uma merda (eu to tentando me controlar pra o pior palavrão que eu escrever seja "merda", mas isso não vai durar nem meio paragrafo). Quando eu estou com raiva eu não consigo me concentrar em merda nenhuma. É como se a porra (falei..) do motivo da raiva não me deixasse pensar em outra coisa.

Obviamente isso é geral. Todo mundo se desconcentra quando está com raiva. O que muda de pessoa para pessoa são os motivos que provocam esse sentimento.

Eu, por exemplo, tenho raiva da falta de controle. O que logicamente torna-se um ciclo vicioso, a partir do momento que fico com raiva eu desconcentro e perco o controle das atividades diárias, o que me deixa com mais raiva. A luta de consciência que acontece na minha mente para sobrepujar a raiva é extremamente cansativa.

Eu estou escrevendo aqui, para ver se eu canalizo essa merda e consigo pegar no sono. Mas na real, eu so vou conseguir com que a raiva passe quando eu resolver a fonte de tudo.

Momento Grito de Fúria de Pirata: AAARRRGHHHH!